Design, negritude e ancestralidade
Philipe Fonseca projeta peças inovadoras e repletas de elementos africanos
“Eu sou porque outros foram”. Com essa frase, que faz referência à filosofia africana “eu sou porque nós somos”, o designer afirma a influência do continente em seu trabalho.
O mobiliário de Philipe chegou ao mercado trazendo valores que habitualmente não são evidenciados. Banco Fío, pufe Besouro, cadeira Black, poltrona e pufe Gorila carregam em seus nomes a valorização da história negra e fazem com que seus consumidores olhem para o contexto além do produto.
“Eu quero ver a identidade negra em cada criação. Minha origem e minha herança devem ser o fio condutor que torna o afro-centrismo algo palpável. Meu trabalho vai além das suas qualidades estéticas” – afirma o designer.
Comercializadas de Brasília a Malmo, suas peças chamam a atenção de compradores conscientes, que se identificam com a forma escolhida pelo artista para se expressar e seu olhar sobre a própria vida: um negro em constante imersão em sua ancestralidade.
No mercado brasileiro, as peças são verdadeiras histórias que tomam forma física. Possuem grande aceitação por parte dos amantes das artes por apresentarem a negritude de forma única, delicada e potente.
Procurado por Casa Vogue Brasil,, podcasts e outras plataformas para falar sobre seu trabalho, Phillipe compartilha seu processo criativo e reitera o objetivo de, por meio da representatividade, inspirar outros negros a abraçarem o design como profissão.
Sua forma de criar é fluida e intuitiva, com liberdade para não se prender a tempos determinados, tendências ou coleções. O essencial é abrir espaço para a cultura negra ser vista, compreendida e assimilada em sua beleza e potência.